Como setores tradicionalmente masculinos encaram o aumento de mulheres

março 22, 2017 10:04 am - Publicado por

As executivas da DHL e da Magnesita Refratários comentam à People a presença cada vez maior de mulheres nas empresas

Dados recentes do Ministério do Trabalho e Emprego revelam que, em duas décadas, houve um crescimento de 14,3% na participação das mulheres na indústria. Quase 26% das vagas no setor são ocupadas por mulheres. A mineração foi o segmento registrou maior crescimento, de 65,8%, como tem atestado a Magnesita Refratários:

“Atualmente, temos mulheres em todos os níveis da hierarquia da empresa. De operadoras e soldadoras até cargos de gerência e direção. A igualdade de condições, benefícios e oportunidades entre homens e mulheres está em nosso código de ética. Não temos apego a gênero, mas à competência, à capacidade de entrega e resultados que pode trazer para a organização”, afirma Jeise Moreira, diretora de RH da mineradora. Na empresa, os processos seletivos são conduzidos de forma a garantir que os candidatos tenham competência para a função, sem direcionamento por gênero.

Para Jeise, esse cenário de crescimento de mulheres no setor, e no mercado de trabalho como um todo, é resultado do que as estatísticas já mostram: aumento da escolaridade das mulheres, já superando a dos homens, e maior procura por outras formas de capacitação, tais como cursos de idiomas.

Essa tendência de mais mulheres em postos antes com predomínio de homens também é observada no setor logístico, como conta Luciana Ezequiel, diretora da DHL.

“Atualmente, nos níveis a partir de analistas, já temos 52% dos postos ocupados por mulheres. Não procuramos por um gênero específico, mas temos notado que as mulheres vêm se destacando em sua formação e conquistando número crescente de posições”, afirma a executiva.

A DHL enxerga a igualdade de gênero a partir da ótica da oferta de possibilidades e benefícios iguais para os colaboradores. Assim, há equiparação salarial, oportunidades iguais de crescimento e mesmos benefícios para homens e mulheres. Um exemplo da equiparação é o auxílio-creche, já oferecido às colaboradoras, que está sendo estendido este ano para os homens. A assistência médica inclui cônjuge mulher ou homem, inclusive cônjuges do mesmo sexo em união estável.

Para Luciana, as cotas não são eficientes para garantir a participação feminina. Ela acredita que, ao contrário, elas podem levar à promoção de colaboradoras apenas para cumprir a meta. Assim com Jeise, para executiva da DHL, o desafio que precisa ser superado é o componente cultural, a profissional precisa ser vista com respeito e em igualdade de competência, cabendo às empresas garantirem que não haja nenhum tipo de discriminação.

E na sua empresa, como é tratado o tema da igualdade? Há políticas para empoderar a mulher? Conte para nós numa pequisa rápida aqui

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