COVID-19: Combustível para o Crescimento

abril 23, 2020 12:34 am - Publicado por Deixe um comentário

SUMÁRIO

A pandemia de COVID-19 se manifestou em um primeiro momento em um grupo que apresentava uma pneumonia misteriosa em Wuhan, na China, e logo se alastrou para diversos países nos 5 continentes.

A história está em voga nos principais telejornais de todo o mundo, além da internet, e muito tem se falado não apenas da crise de saúde que assola o mundo, mas também sobre a crise econômica que se desdobra a partir da pandemia.

Em conversas com diversos CEOs e Líderes dos mais variados segmentos de mercado ficou claro que as principais perguntas que todos tem em mente são:

1. Quanto tempo essa crise impactará o meu negócio?

2. Qual o tamanho da perda de demanda que o meu negócio irá sofrer?

Nesse momento crítico, onde o pessimismo é quase que senso comum, é muito difícil olhar de fora do problema e pensar além da sobrevivência, mas gostaria de propor uma reflexão: que tal fechar os olhos e imaginar a sua empresa daqui 10 anos? Essa empresa não é a mesma de hoje. Agora em 2030, os clientes batem a sua porta, os bancos lhe oferecem alavancagens a juros competitivos, sua empresa tem a capacidade de pagar altos salários para de fato ter e reter os melhores e a concorrência os admira buscando sempre alcançar seus resultados, mas como você tem os melhores consegue se manter no topo.

Vamos continuar em 2030. Você está em um jantar de negócios falando sobre como conseguiu conduzir sua empresa a este novo patamar e surge a informação mais incrível: essa história começou em 2020, em uma época em que a economia passava por grandes dificuldades por conta de uma pandemia.

Mas como isso foi possível?

Esse é o tema deste artigo. É claro que a maioria terá a pandemia como dificultador para seus negócios, mas aqueles que tiverem criatividade suficiente sairão mais fortes e poderão contar como a pandemia de COVID-19 foi o Combustível para um sucesso ainda maior de sua organização.

Faço um novo convite a você! Vamos sair mais fortes dessa crise juntos?

PRIMEIRO SOBREVIVER

Tempo de duração da crise x Impacto na demanda

Por mais que todos tenhamos o desejo de que as práticas de isolamento sejam breves e tudo possa voltar a normalidade o mais rápido possível, precisamos ser realistas. O isolamento – seja ele horizontal ou vertical – e as práticas de proteção à saúde – com uso de máscaras, lavar as mãos com maior frequência, uso do álcool gel, evitar aglomerações e etc – assim como o medo,  vão continuar impactando a confiança das pessoas para consumir e essa confiança só será de fato reestabelecida  quando chegarmos a imunização de uma parcela da polução suficiente para que o sistema de saúde não entre em colapso.

O noticiário vem anunciando protocolos de tratamento, estudos clínicos com a utilização de drogas já existentes e estudos animadores quanto ao desenvolvimento de vacinas, mas a verdade é que esses protocolos e a administração de drogas para tratamento são mitigadores dos casos em que os pacientes já estão em internação e ainda não tendem a resolver a questão do colapso do sistema de saúde, assim como o desenvolvimento de uma vacina, que no cenário mais otimista deve se concretizar em 18 meses e ainda precisará de um tempo até se atingir produção em larga escala. Tudo isso apenas reforça que, independente do grau de impacto na queda da demanda que o seu negócio irá sofrer, a sobrevivência das empresas passará pela adaptação à nova realidade para se manterem operacionais. É a Low Touch Economy ganhando força e se tornando realidade pelo menos um tempo que irá girar em torno de 18-24 meses.

O que podemos fazer então?

 

Tabela 1

Entender de que forma a crise irá impactar o seu segmento e a sua empresa é o que permite pensar em estratégias de sobrevivência mais específicas. Nesse sentido, aquelas variáveis que citamos acima são muito úteis para entender de que forma e qual a magnitude do impacto que essa crise pode trazer para o seu negócio.

 

Tabela 2

 

Ainda sobre “O que fazer para sobreviver!”, vale lembrar que o distanciamento social irá demandar maior capacidade de liderança do time executivo. Os líderes terão que, antes de mais nada, se adaptar ao novo normal: trabalho home-office, código de vestimenta mais flexível, foco na entrega e não nas horas trabalhadas, mas além disso suas capacidades de motivação e engajamento do time e de planejamento serão altamente demandadas.

Não quero só trazer notícias ruins e a boa notícia é que muitos estudos apontam as pandemias como o encerramento dos ciclos de retração econômica.  As pandemias, em geral, precedem momentos de abundância e crescimento econômico – claro, ressalvando outros eventos relevantes que também possam impactar a economia em outras direções (ceteris paribus) –.

A outra notícia boa é que tudo isso vai passar. Ainda há incerteza quanto ao tempo de duração da crise e quanto maior ele for, maior os desafios a serem enfrentados durante e depois da pandemia, mas não estamos no fim dos tempos. A pandemia terá seu ciclo de início, meio e fim.

DEPOIS, PENSAR FORA DA CAIXA

Legados da Pandemia

A People Oriented nasceu no último trimestre de 2014. Nascer em meio a uma crise econômica não é apenas estratégia ou coincidência, é resultado de um dos nossos valores mais fortes: somos otimistas por natureza!

É claro que temos que voltar os nossos olhares para os riscos e incertezas do momento, agir rápido e tomar as decisões duras que forem necessárias, mas também temos que olhar para a metade cheia do copo. O que a pandemia já trouxe de bom para os nossos negócios e o que ela ainda pode deixar de herança positiva. Dessas heranças podemos pivotar novas linhas de negócios ou encontrar novas formas mais competitivas de atuar dentro do nosso próprio core business.

Recentemente publicamos o resultado da pesquisa “Termômetro COVID-19” onde buscamos entender junto aos líderes das principais organizações no Brasil como suas empresas estavam vislumbrando o cenário econômico e de contratações para 2020 antes da pandemia, como estão avaliando agora e quais as perspectivas para depois desse período. Aproveitei o email de resultado para compartilhar alguns pontos que já estamos vivendo no dia a dia da People nesse período de confinamento:

  • O trabalho um pouco mais isolado tem sido mais produtivo, mas mesmo assim a saudade do escritório está batendo para todos.
  • O poder de um objetivo único. O cenário é de adversidade e o nosso foco maior agora é passar por essa crise e sair mais fortes. Nunca tivemos a sensação de ter um time tão engajado e focado em trazer resultado para nossos clientes e para a empresa.
  • Muitas empresas estão super engajadas em não deixar a roda da economia parar e estão adaptando suas operações e dia-a-dia para conviver com esse cenário por mais tempo.
  • Se antes marcar uma reunião externa ou de cunho comercial por videoconferência parecia algo muito estranho, agora temos tomado vários cafés virtuais com clientes e potenciais clientes que estão sendo super-produtivos.
  • Nunca havíamos vivido um período com tantas mudanças de cenário – positivas ou negativas – em um espaço de tempo tão pequeno. Estamos aprendendo a tomar decisões muito importantes diariamente e compartilhar sempre com o time com a maior transparência possível.

Essa tem sido a nossa experiência nesse período. Mas o que os especialistas têm falado sobre os legados que esse período de isolamento pode deixar para a sociedade e para as empresas?

  • Aceleração do processo de digitalização das empresas. A revolução industrial 4.0 vai muito além da implementação de tecnologias de trabalho remoto, ela passa pela adequação da cultura das organizações para melhor absorver as novas gerações e sobreviverem a um ambiente cada vez mais veloz e instável. A pandemia tem contribuído muito nesse processo de adaptação quando impõe a implementação de novas tecnologias de trabalho, novos modelos de gestão de times a distância, quando desafia as lideranças sobre como guiar uma organização em cenário de incertezas com grandes mudanças diárias e quando engaja toda organização em fazer um novo modelo de trabalho funcionar.
  • Do lado dos investidores estamos acompanhando um amadurecimento mais acelerado na direção da escolha de investimentos em ativos/empresas alinhadas ao paradigma da sustentabilidade, que busca maior harmonia entre o meio-ambiente, sociedade e economia. Cada vez mais os donos do capital adquirem a compreensão de que na nova era negócios que são feitos para durar são aqueles que convivem simbioticamente e de forma saudável com o meio-ambiente e/ou as pessoas.
  • Se antes a intimidade com os amigos de trabalho era traduzida pelos chopinhos de sexta-feira, agora estamos todos dentro das casas uns dos outros todos os dias. Zoom, Google Meet, Skype e afins fazem parte do nosso novo dia-a-dia. Não sei se todos concordam, mas desde criança a minha casa sempre foi o lugar mais sagrado da terra e nela entravam apenas meus melhores amigos. O isolamento físico, trouxe a proximidade virtual e não faltam exemplos de reuniões em que os participantes, até para quebrar o gelo, mostraram um para o outro um pedacinho de sua casa, a vista da mesa de trabalho ou até mesmo apresentaram parte da família – tópico especial para aqueles com filhos pequenos e participativos -. Um legado dessa crise é o aumento da intimidade entre as pessoas. “Quanto mais íntimo eu sou de alguém, mais eu quero o bem dessa pessoa e mais me disponho a ajudar.”
  • Se por um lado a pandemia traz um sentimento maior de coletividade com as melhores cabeças do mundo, sem fronteiras, empenhadas de forma colaborativa em resolver um problema comum de todas as nações, de outro ele desperta uma sensação de que a proteção das fronteiras e o distanciamento das nações podem mitigar o risco de recorrência de eventos similares ao que estamos vivendo abalem a humanidade com alta frequência no futuro próximo. Uma reorganização geopolítica pode ocorrer por um eventual enfraquecimento da China. Seja por imposição do mercado pela redução da desigualdade de renda entre a população e por minimizar a degradação ambiental, seja por um potencial isolamento comercial do ocidente para com a China. Essa reorganização depende de muitos fatores e ainda tem mais base especulativa do que real, mas se por ventura se tornar realidade em alguma medida, pode trazer investimentos para o contexto brasileiro.
  • O trabalho remoto forçado pode trazer um legado de flexibilização nas relações de trabalho, que já vinham sendo questionadas há algum tempo. Ouvimos de algumas empresas que já estão avaliando se de fato voltarão ao modelo de trabalho pré-Covid, reduzindo escritórios e mantendo o trabalho remoto para uma boa parte dos seus funcionários. Trabalhar de casa, com horário e vestimentas flexíveis na largada demandam outras regras para reger essas relações.

O COMBUSTÍVEL COVID-19

A crise do COVID-19 é o período mais turbulento que as empresas estão passando desde a Segunda Guerra Mundial. Alguns setores, como o de supermercados de alimentos claramente estão sendo impactados de uma forma diferente dos demais tendo a pandemia como combustível para alavancar vendas. Essa não é a realidade da maioria, mas muitas das empresas líderes de mercado em seus setores chegaram a essa condição justamente aproveitando oportunidades apresentadas nas crises.

É importante ressaltar que não estamos sugerindo que existe uma fórmula mágica para se chegar ao final desse período de grandes incertezas mais fortes ou como líderes em seus mercados, muito menos que a busca por alavancar seus negócios no cenário atual é a principal resposta a essa crise. De fato, a maioria das empresas estão e devem continuar focadas em suas sobrevivências. Nosso objetivo é sugerir, com um toque de realidade, ou seja, para os que tiverem condições mínimas, que dediquem também energia na busca de um pós-crise virtuoso.

Mas qual a receita e os ingredientes que permitem que esse crescimento no pós-pandemia aconteça? Vamos falar sobre quatro iniciativas que entendemos como as mais importantes nesse momento as quais as organizações podem priorizar para manter ou criar um ambiente propício à transformação de um cenário como o atual em combustível para o seu crescimento.

 PRESERVAR CAPACIDADE PRODUTIVA E TER FORTES CAPACIDADES ORGANIZACIONAIS

A retomada será mais lenta se antes de iniciá-la for necessário reestruturar sua capacidade produtiva, contratar e treinar pessoas. Se no passado próximo os ciclos econômicos giravam em torno de 10 anos, hoje essas janelas são cada vez mais curtas com ciclos de 4-6 anos. Se você não estiver pronto, pode levar quase meio ciclo para se reorganizar e perder mais uma janela de oportunidades. Ter fortes capacidades organizacionais parte do princípio de uma compreensão profunda do que gera valor para o seu negócio – desde processos internos até o valor gerado para seus clientes -. Indo além, é importante conhecer as crenças da sua indústria separando as crenças do dia-a-dia que são verdadeiras (senso comum) e as que são falsas ou obsoletas (absurdos comuns). Questionar crenças falsas, e principalmente obsoletas pode ser um ótimo caminho para desenvolver novas visões, produtos e estratégias para adicionar valor ao negócio.

Como exemplo podemos citar a Sheng Siong, uma cadeia de supermercados em Singapura é um bom exemplo de empresa que questionou essas crenças e se tornou uma das 3 maiores cadeias de supermercados de Singapura em 2008, exatamente em uma das maiores crises sofridas pelo planeta nos últimos tempos. Uma de suas primeiras inovações foi combinar em um único local um mercado “úmido” e “seco”, onde produtos frescos e utensílios domésticos eram vendidos sob o mesmo teto – uma conveniência inteligente em uma cidade-estado onde os compradores até o momento tinham que visitar dois locais para atender às suas necessidades de compras.

A cadeia de supermercados cresceu sem alterar a natureza de suas capacidades produtivas, mas teve habilidade de utilizá-las para potencializar suas vendas apenas questionando uma crença obsoleta.

DESENVOLVER UMA EQUIPE DE LIDERANÇA FORTE, COERENTE E ALINHADA

Você se recorda das crenças de cada indústria? Nós também temos as nossas no mercado de executive search e uma em específico vem perdendo força e eventualmente está se tornando obsoleta. Faz pouco tempo que se falava muito sobre adequar os times de gestão aos ciclos econômicos para aportar à organização a capacidade mais adequada ao momento, entretanto em um mundo em constante mutação e com ciclos econômicos cada vez mais curtos a capacidade de se adaptar e lidar com diferentes cenários passou a ser competência básica para o c-level das empresas.

Adaptabilidade – capacidade de se manter totalmente funcional ao se adaptar à novas circunstâncias (ambiente, procedimentos e/ou pessoas).

Exemplos de comportamentos esperados:

 a. age de forma adequada em diferentes culturas e adota os valores das novas situações.

b. ajusta o seu próprio ponto de vista e objetivos a fim de atingir um objetivo comum da organização.

c. está aberto a diferentes naturezas de normas, valores e regras sem perder o senso de identidade.

d. prontamente detecta, em diversas situações e contextos, o que são elementos culturais ou situacionais relevantes e age de acordo.

e. ajusta o seu estilo de comportamento a uma determinada norma em um ambiente diferente.

f. não precisa de muito tempo para se adaptar a uma nova situação ou novo cenário.

Uma outra competência de alta relevância é a compreensão do ambiente e a capacidade de analisar e solucionar problemas, que deve ser levada em consideração ao formar uma liderança forte com capacidade de tomar decisões acertadas baseadas em dados e fatos.

Análise e solução de Problemas – capacidade de detectar problemas, reconhecer as informações importantes e vincular vários dados; traçar as possíveis causas, procurar detalhes relevantes e desenhar uma solução exequível dentro dos recursos da organização.

Exemplos de comportamentos esperados:

a. vê um problema em um contexto mais amplo (financeiro, econômico, social, etc.), adotando uma visão panorâmica.

b. vê conexões entre problemas aparentemente sem conexão e encontra um denominador comum.

c. consegue entender um problema em toda a sua complexidade e redefini-lo em palavras simples.

d. consegue levar os problemas operacionais para um nível mais abstrato e os transformar em iniciativas de estratégia e de mudança.

e. vê tendências, prevê desenvolvimentos futuros.

Se a nossa busca é por soluções fora da caixa e a criação de ambientes com maior criatividade para sair mais fortes desta crise, que afeta a demanda e as finanças das empresas, adicionamos também a competência de Criatividade como um diferencial que com certeza contribuirá para o desenvolvimento de uma cultura de maior inovação.

Criatividade – capacidade de ter ideias e soluções originais e inovadoras, e adotar pontos de vista fora dos parâmetros habituais.

Exemplos de comportamentos esperados:

a.  surge com novas ideias que (ainda) parecem impossíveis para os outros.

b. às vezes é difícil de acompanhá-lo por causa das suas associações rápidas e incomuns.

c. consegue conectar conceitos e pontos de vista de disciplinas diferentes.

d. inventa soluções não convencionais para problemas complexos

Manter o time coerente e alinhado fortalece as capacidades da empresa para navegar em diferentes mares. O Grupo 3G, liderado por Jorge Paulo Lemann, em seu modelo de gestão alinha seu time orientando a liderança na busca do que eles chamam de Sonho Grande. Simples e eficaz. Um sonho grande o suficiente para desafiar todo o time e mantê-los na mesma direção.

INVESTIR AINDA MAIS EM UMA CULTURA FORTE E ORIENTADA A INOVAÇÃO

Sua empresa não tem uma cultura, ela é uma cultura!

Nós na People Oriented nos debruçamos sobre as dimensões de cultura organizacional de Hofstede para desenvolver o nosso IAC – Inventário de Aderência Cultural, para avaliar o match entre a cultura das organizações e os traços culturais dos indivíduos que podem indicar os ambientes que eles tendem a melhor se adaptar. No modelo que utilizamos, a cultura de uma organização nada mais é que a média dos comportamentos de cada indivíduo que a compõe. Você deve estar se perguntando então se é possível moldar uma cultura organizacional e orientá-la à inovação.

A resposta é sim.

A liderança tem o poder de identificar e apontar os comportamentos que são aceitáveis e aqueles que não são aceitos pela organização. Assim, tanto os que ficam (comportamentos aceitáveis), quanto aqueles que saem (comportamentos não aceitáveis) da sua organização ajudam a modelar a sua cultura. Agora, criar uma cultura de inovação não é nada fácil. Implementar uma gestão sem medo, trazer para o grupo um comportamento de teste de hipóteses para solucionar problemas dos consumidores, remodelar estruturas organizacionais privilegiando a horizontalidade e a multidisciplinaridade, criar ambientes que incentivem a criação… Ufa!

Aqui na People já tivemos o desafio de auxiliar algumas empresas nesse processo e esbarramos em duas situações mais recorrentes:

1. A empresa já havia contratado uma consultoria e estavam em fase de montagem do time que iria dar continuidade ao processo na empresa.

2. A empresa decidiu fazer toda a jornada internamente e fomos contratados para encontrar o melhor lídel para conduzir esse processo internamente e auxiliá-lo na montagem do seu time.

Parece um contrassenso investir em inovação agora, mas talvez seja essa a chave para alcançar níveis mais altos de resultados. Incomodar o time a pensar não somente em como sobreviver, mas sim fazer com que mais cabeças estejam diariamente pensando em como crescer 10x o faturamento da empresa utilizando o combustível COVID-19.

GARANTIR ACESSO AOS RECURSOS NECESSÁRIOS AO CRESCIMENTO

Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelas empresas que conseguem pensar fora da caixa e hackear a geração de demanda para promover um rápido crescimento é que elas não conseguem acompanhar seu próprio crescimento. Eles simplesmente não conseguem acompanhar a demanda e, portanto, o plano de crescimento acaba por trazer ainda mais problemas e riscos para o negócio.

Para realmente criar um ambiente favorável ao crescimento, as empresas precisam estreitar rapidamente seus relacionamentos com fornecedores e encontrar maneiras novas e mais eficientes de agregar valor aos seus clientes. Isso significa que os fornecedores precisam estar preparados para se arriscar junto a empresa, aumentando também suas capacidades produtivas – o que, em muitas situações, exige que invistam ou recrutem – para que possam acompanhar o aumento que o cliente está gerando. A empresa que está puxando a vanguarda desse crescimento também precisará fortalecer rapidamente seus times gerenciais e equipe, e eventualmente ter de lidar com os desafios de crescimento da sua cadeia de suprimentos a jusante.

O cenário que estamos vivendo é similar ao de uma guerra, mas com o tempero de ser uma guerra contra um exército invisível. Estamos lutando contra o desconhecido e vencer essa guerra não será fácil. É justamente daí que surgem muitas oportunidades para aqueles que estiverem sãos e com suas capacidades produtivas preservadas. Ganhar o Market share daquele concorrente que não sobreviveu, reduzir custos com base em uma nova lógica de operação ou simplesmente por ter aproveitado o momento para racionalizar e fazer escolhas sobre o que de fato agrega valor para seus clientes e claro, fortalecer seu time com profissionais que antes não estavam disponíveis, mas que podem nesse momento ser desligados, não por baixa performance, mas pelo fato de a sua empresa não ter resistido a esse momento.

FIM

Podemos citar uma série de ações e iniciativas que podem contribuir para o alcance de resultados inesperados mesmo em períodos de crise, mas preferimos escolher 4 iniciativas que consideramos mais relevantes para atingir nosso objetivo. Como falamos, não existe fórmula mágica, mas é possível criar um ambiente favorável para que em 2030 você possa me contar aquela história lá do início do nosso texto.

Então não esquece:

1. Preservar capacidade produtiva e ter fortes capacidades organizacionais.

2. Desenvolver uma equipe de liderança forte, coerente e alinhada.

3. Investir ainda mais em uma cultura forte e orientada a inovação.

4. Garantir acesso aos recursos necessários ao crescimento.

Até 2030.

Guto Polycarpo

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