Iniciativas de sucesso do mercado para acelerar a igualdade de gênero

março 8, 2017 9:00 am - Publicado por

Cases Renault e Unilever

Segundo o último relatório da Organização Internacional do Trabalho, a desigualdade entre homens e mulheres persiste no mercado de trabalho global. Ao longo das duas últimas décadas, progressos realizados pelas mulheres na educação não se traduziram em melhorias comparáveis nas suas posições de trabalho. Elas continuam trabalhando mais horas por dia do que os homens e ainda ganham, em média, 77 por cento do que eles ganham. Apenas 6,3% delas integram conselhos administrativos e 11% em cargos de liderança.

Alcançar a igualdade de gênero no trabalho, em linha com a Agenda de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030, é uma condição essencial para a realização do desenvolvimento sustentável. Nesta matéria, a primeira das quatro que vamos publicar neste Mês da Mulher, contamos as iniciativas para empoderamento feminino na Renault e a Unilever, empresas consideradas pela ONU as líderes nacionais em igualdade de gênero.

Renault: estímulo à liderança feminina como atração para mercado “masculino”

A Renault foi a primeira montadora da América Latina a aderir aos Princípios de Empoderamento das Mulheres, um programa da ONU Mulheres e Pacto Global das Nações Unidas que visa promover a igualdade de gênero em todas as atividades sociais e da economia. Umas das iniciativas de destaque da empresa é o grupo Women@Renault (W@R), que reúne homens e mulheres com o objetivo de fortalecer a diversidade de gênero dentro do Grupo Renault, desenvolvendo ações para aumentar a porcentagem global de mulheres na empresa em todos os níveis e estimular a liderança feminina. Com isso, a Renault espera desenvolver o potencial das mulheres e também atraí-las para este setor industrial que tradicionalmente é masculino.

Como resultado, no Brasil a presença das mulheres evoluiu de 7% para 12% do total de colaboradores nos últimos 7 anos e as iniciativas para continuar ampliado este número seguem em todas as áreas, mesmo as tradicionalmente dominadas pela presença masculina.

“Nosso desafio é fazer as mulheres quererem cargos de liderança e bancarem o seu desejo. Não com o sentimento de que têm que dar conta de tudo, mas com o que de liderar não está em conflito com outras possibilidades”, afirmou Ana Paula Camargo, diretora de RH da companhia, em entrevista à época do reconhecimento.

 

Unilever: igualdade como prioridade para o crescimento do negócio

Assim com a Renault, a Unilever é líder nacional em igualdade de gênero por seu conjunto de iniciativas em prol da diversidade. A empresa adotou globalmente uma estratégia diretamente ligada à visão da companhia de dobrar de tamanho ao mesmo tempo em que reduz o impacto ambiental e aumenta o impacto positivo na sociedade. Para isso, a empresa desenvolveu internamente mecanismos que proporcionam um ambiente inclusivo, no qual mulheres e homens possam desenvolver o seu potencial.

“A diversidade está no DNA da companhia e faz parte da estratégia de negócio da empresa. Para nós, o equilíbrio entre os gêneros é prioridade para o crescimento do negócio. Estimulamos a diversidade para nos tornamos mais criativos e inovadores, para reconhecermos nossos talentos e entendermos cada vez melhor nossa base diversa de consumidores”, afirmou Fernando Fernandez, presidente da Unilever no Brasil, na ocasião da entrega do prêmio da ONU.

A companhia implementou, de 2010 a 2014, o Comitê de Diversidade, liderado pelo presidente. O comitê teve o papel de desenvolver iniciativas que promovessem a ascensão das mulheres dentro da organização e conseguiu resultados muito positivos. A participação feminina aumentou em praticamente todos os níveis hierárquicos e já são 49,3% dos cargos de liderança ocupados por mulheres. Atualmente, o Brasil é o segundo mercado da Unilever com quadro de liderança equilibrado entre gêneros, atrás apenas da China.

A flexibilidade no trabalho, parte central do programa de Wellbeing da companhia, também é um conceito importante para fomentar o aumento da presença feminina no ambiente corporativo. A política possibilita ao colaborador organizar a agenda de maneira a equilibrar a vida profissional e pessoal. Home Office, horário flexível de entrada e saída e Friday Free estão entre as iniciativas do programa. Soma-se a isso, a licença maternidade de seis meses e o berçário para crianças entre 0 e 2 anos.

E a sua empresa, o que tem feito para empoderar as mulheres e promover a igualdade de gênero? Responda à nossa pesquisa clicando aqui. E continue nos acompanhando nas redes sociais porque na semana que vem traremos dois outros cases!

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