Desigualdade de gênero custa caro à economia mundial
(Via Época Negócios)
Número é equivalente a 16% do PIB global
A disparidade de gênero nas sociedades mundiais e no mercado de trabalho provoca um impacto de US$ 12 trilhões, equivalente a 16% do Produto Interno Bruto (PIB) global, de acordo com cálculos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) relevados nesta terça-feira, 8 de março, por ocasião do Dia Internacional da Mulher.
A organização afirmou que a discriminação contra as mulheres acaba gerando um duplo efeito negativo no mercado, porque “reduz o nível do capital humano feminino tanto na participação da força de trabalho quanto na produtividade total”. Caso existisse paridade total de gênero, em 2030, a renda média per capita mundial seria de US$ 9.142, com US$ 764 a mais do que será se a desigualdade entre homens e mulheres perdurar.
O efeito seria benéfico principalmente para os países menos desenvolvidos, que hoje sentem mais diretamente o impacto da limitada participação feminina no mercado de trabalho. “Eliminar a discriminação contra as mulheres e promover a paridade de gênero com escolhas economicamente inteligentes é importante para um crescimento sustentável e inclusivo”, disse a OCDE.
Já as Nações Unidas estimam que a igualdade entre homens e mulheres só será completamente alcançada daqui a 81 anos. De acordo com a ONU, os avanços ocorrem em vários países, mas muito lentamente. Islândia (1º), Noruega (2º) e Finlândia (3º) lideram o ranking do Índice Global de Desigualdade de Gênero de 2015 da ONU, que analisou 145 países. Síria (143º), Paquistão (144º) e Iêmen (145º) ficaram nas últimas posições. O Brasil está em 85º lugar.
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